8 de dezembro de 2008

VENENO NO RIO PARAÍBA - Fábrica volta a operar

Servatis volta a operar amanhã
Resende

A empresa Servatis, responsável pelo vazamento de 8 mil litros do produto químico endosulfan no Rio Paraíba do Sul, volta a funcionar amanhã, com o retorno dos 650 colaboradores.

A secretária estadual de Meio Ambiente, Marilene Ramos, disse que a liberação foi dada hoje para quase toda empresa, menos a linha do produto endosulfan que continua parada para modificações no trajeto e para conferência de análise de risco.

A empresa ficou parada por 20 dias e segundo, o Diretor Industrial da empresa, Uatual Teixeira, a perda foi de R$ 6 milhões.


Nota também no Foco Regional - Plantão

03/12/2008
Interdição da Servatis traz riscos para o meio ambiente

Parada, fábrica pode causar um acidente ambiental de proporções muito maiores que o vazamento de endosulfano

Resende

A Feema está avaliando o relatório da auditoria externa, contratada pela Servatis, com supervisão da Feema, para analisar as instalações, os processos de produção e os riscos ambientais da fábrica. O objetivo, segundo o presidente da empresa, Ulrich Meier, é permitir que a unidade volte a operar o mais rápido possível. Essa medida vai evitar o risco de um acidente ambiental de proporções muito maiores do que o acontecido no dia 18 de novembro, quando um vazamento de endosulfan causou mortandade de peixes nos rios Pirapetininga e Paraíba do Sul. O risco agora seria haver mortes de seres humanos, além de peixes. 
- Se a empresa continuar interditada, sem condições de operar, a energia pode acabar cortada por falta de pagamento, e isso vai deixar milhares de litros de produtos usados como matéria-prima sem a proteção necessária. Existe um sistema de injeção de nitrogênio nos tanques de produtos que depende de energia elétrica. Esse nitrogênio é usado para expulsar o oxigênio dos tanques e evita o risco de um incêndio de proporções catastróficas. Existe também uma estação de tratamento de efluentes que depende de um sistema elétrico de aeração para evitar que produtos perigosos cheguem à atmosfera e aos rios Pirapetininga e Paraíba do Sul – afirmou o diretor Comercial e Industrial da empresa, Uataul Teixeira. 
A empresa está interditada desde o dia 21 de novembro, por ordem da secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos. Ontem, uma reunião em andamento na Feema analisava o relatório da auditoria ambiental e, a qualquer momento, uma decisão do órgão ambiental – que foi alertado dos riscos da paralisação da fábrica – pode terminar com a interdição do estabelecimento.
No momento, o sistema de incineração de resíduos da Servatis está em funcionamento. O incinerador é o maior da América Latina, e a Feema autorizou que ele continuasse funcionando para evitar que toneladas de resíduos perigosos ficassem sem um destino seguro.

Interdição inflaciona custos do agronegócio

De acordo com Ulrich Meier, além de garantir os cerca de 650 empregos diretos e indiretos gerados para a região, o funcionamento da Servatis é importante para evitar uma alta nos custos dos alimentos. Isso porque a empresa presta serviços a importantes marcas de defensivos agrícolas, fertilizantes e outros produtos voltados para o agronegócio. 
- Em alguns casos, a falta dos serviços da Servatis fez com que os produtos até triplicassem de preço. Isso vai pressionar os custos do agronegócio e pode provocar uma alta nos preços dos alimentos – afirmou o presidente da Servatis.

Empresa tem segurança em nível internacional

Os sistemas de proteção contra acidentes ambientais da Servatis seguem padrões internacionais de qualidade, com três níveis de redundância – organização em que um sistema substitui outro, em caso de falha. A empresa tem as certificações ISO 9000 e ISO 14000.
- O acidente que provocou o vazamento de endosulfan foi causado justamente pela parte onde há menos tecnologia: um dique de contenção antigo, com uma válvula quer não deveria nem estar lá, quanto mais estar aberta. Já providenciamos a eliminação desse problema, e temos certeza de que podemos ser muito mais benéficos para o meio ambiente com a empresa funcionando do que com ela parada – concluiu Uataul.


3 comentários:

Anônimo disse...

Temos que fazer algo, a empresa não pode simplesmente matar o rio e as pessoas, porque se o produto é cancerigeno quem bebe a água somos nós. E não venha com essa que o material evapora que não cola, evapora e cai com a chuva em algum lugar!!!! Quem será a vítima!!! Temos que nos mostrar...

Penso, logo escrevo disse...

É tudo um absurdo!

LEMOS, H.M. disse...

Isso é terrorismo!!!
"Se me fechar eu vou destruir o mundo"!!!!!

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