30 de janeiro de 2009

São Pedro da Aldeia, RJ - Peixes mortos: prejuízos para comerciantes e turistas

JB Estado

O incidente na Lagoa de Araruama, na Região do Lagos, que matou toneladas de peixes, não afetou apenas a vida dos pescadores. O problema, que surgiu no último sábado, dia 24, se refletiu no turismo e os comerciantes começam a contabilizar os prejuízos. É assim em um dos municípios mais afetados, São Pedro da Aldeia.

Além do mau cheiro, o episódio provocou a proliferação de algas que sujaram o principal ponto turístico da cidade. As águas da lagoa, que estavam cristalinas até o inicío do mês, mudaram de tom para uma cor escura. E o medo de contaminação, já que uma das possíveis causas da mortandade é o despejo de esgoto sem tratamento no ecossistema, inibiu o consumo de peixes e frutos do mar.

João Josué da Silva tem um quiosque há 28 anos na Praia do Sudoeste, uma das menos afetadas pelo mau cheiro e que ainda tem banhistas. Ele conta que após a mortandade, o movimento caiu para 1% do esperado e explica que o acidente afastou os visitantes na segunda quinzena de janeiro.

- Tem mau cheiro, a água está preta, o turista não usa a praia. Não estou vendendo nada, nem pastel de camarão de cativeiro querem. É só batata frita, pastel de queijo e de carne. Nem sentir o cheiro do pescado aceitam - desabafa o quiosqueiro.

Prejuízo também no turismo

A administradora de uma das pousadas da cidade, Rosane de Azevedo,  relata também desistências. Segundo ela, apesar do início das aulas, a casa costuma estar lotada de turistas paulistas e cariocas. Ela teme, agora, que o esvaziamento, que marca o final do mês, se reflita no próximo feriado prolongado.

- A procura pela semana do carnaval já caiu cerca de 60% - conta a administradora.

A prefeitura de São Pedro da Aldeia estima que os prejuízos decorrentes da mortandade cheguem a R$ 6 milhões. Na ultima quarta-feira, dia 28, a cidade decretou situação de emegência para garantir indenização a dois mil pescadores.

Crise é positiva para o meio ambiente, afirma pesquisador do Ipea

Pedro Peduzzi 
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A diminuição do volume de exportação dos recursos não-renováveis brasileiros resultou em ganhos ambientais para o país. A conclusão é do coordenador de Meio Ambiente do Fórum Mudanças Climáticas, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), José Aroudo Mota. Ele é responsável pela pesquisa Trajetória da Governança Ambiental, divulgada pelo Ipea durante o lançamento do Boletim Regional e Urbano. 

Em seu estudo, Aroudo apresentou uma série de dados sobre o que o Brasil deixou de exportar com a crise. “Ela [a crise] resultou em impactos ambientais positivos, apesar de externalidades negativas como a perda de empregos e o impacto que teve nos níveis de crescimento econômico de determinadas regiões”, disse o pesquisador.

Segundo ele, o trabalho buscou mensurar os principais impactos causados pela crise em indústrias como a de alumínio. “O que deixamos de exportar, entre os 32 produtos pesquisados, representa uma economia de aproximadamente 562 mil kilowatts de energia, a partir do consumo evitado. Isso daria para abastecer uma cidade de 25 mil pessoas”, acrescentou, referindo-se à exportação de alumínio.

A indústria do aço, segundo ele, deixou de exportar 740 milhões de quilos de aço bruto. “Isso significa uma redução de mais de 1 bilhão de toneladas em emissões de carbono, o que para o processo climático no Brasil é extremamente positivo”, avaliou Aroudo.

Na indústria de veículos, o Brasil deixou de exportar em dezembro 62,1 mil carros, e isso também implica em redução do consumo de energia e de aço. Ainda estamos mensurando o quanto, mas é evidente – e isso pode ser afirmado tendo por base dados oficiais de 2008 – que o meio ambiente teve ganho substancial em função da não-exploração de recursos naturais, tanto renováveis quanto não-renováveis”.

Aroudo disse que estão sendo preparados outros estudos, abordando as madeiras e o cimento brasileiros. “Quando certificada, a madeira encontra dificuldades para entrar na Europa por decorrência da crise internacional”, adiantou. 
29 de janeiro de 2009

Alerj acusa Servatis de não cumprir acordo de compensação ambiental


A Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj realizou hoje o último dia de vistoria no Rio Paraíba do Sul. De acordo com o deputado André do PV, que coordenou a vistoria, a empresa Servatis não cumpriu nenhuma das exigências feitas pela Assembléia Legislativa do Rio no que diz respeito às medidas compensatórias acordadas para reverter os danos causados ao Rio Paraíba do Sul, a partir do vazamento do produto Endosulfan de um dos tanques da empresa.

André do PV sugere que a secretaria do Ambiente reforce as medidas e faça com que a Servatis utilize sua estação de tratamento de esgoto (ETE) para cuidar do esgoto da região. Para isso, o deputado vai encontrar com a secretária do Ambiente, Marilene Ramos, na próxima semana.

- A Servatis não fez nada do que foi acordado depois do vazamento do Endosulfan no Paraíba do Sul. Uma empresa que possui 47 anos de experiência não podia ter deixado a situação chegar nesse estágio - salienta o deputado.

Servatis rebate acusações

O presidente da Servatis, Ulrich Meier, esclareceu que a empresa cumpriu todas as recomendações da Feema (atual Inea) e da auditoria externa independente, com objetivo de ampliar a segurança ambiental. O processo de produção do Endosulfan, inseticida que vazou acidentalmente em novembro, foi todo reformulado e aguarda autorização dos órgãos ambientais para ser retomado. Ulrich destaca que o Endosulfan representa 20% da produção da empresa e a sua paralisação levaria a um prejuízo de R$ 9,2 milhões para a Servatis.

- O processo foi totalmente modificado e não oferece mais qualquer tipo de risco - esclarece.

Em relação às medidas de compensação ambiental, Ulrich Meier explicou que já foi elaborado um pré-projeto que prevê o mapeamento do Rio Paraíba do Sul para dimensionar os danos causados pelo acidente, além de medidas como reposição de filhotes de peixe e recuperação da mata ciliar.

- Na próxima semana teremos uma reunião com o Ministério Público, com o Inea e com a Agência do Meio Ambiente de Resende para discutirmos o projeto que está sendo feito em parceria com Associação Ecológica Piratingaúna, com sede em Barra Mansa, para definirmos as medidas de compensação ambiental - informa Ulrich ressaltando que "a empresa está determinada a reparar os danos causados ao meio ambiente, cumprindo todas as exigências legais".

Besouros com face humana

Veja os outros AQUI.

Colaboração de Luciana Campos.

Ar mais puro prolonga vida em 5 meses, diz estudo

Nicholas Bakalar
Estados Unidos

Quanto mais puro o ar que você respira, mais longa será sua vida. Mas quanto mais longa? Pesquisadores da Universidade Brigham Young examinaram as mudanças nas expectativas de vida em 51 áreas metropolitanas, e compararam esses números às melhoras na qualidade de ar de cada região, do começo dos anos 80 ao final dos anos 90.

Depois de ponderar os resultados para considerar fumo, fatores socioeconômicos e outras variáveis, os cientistas constataram que cada decréscimo de dez microgramas no volume de partículas poluentes por metro cúbico de ar estava associado a um aumento de mais de sete meses na expectativa média de vida.

No geral, a expectativa de vida cresceu em média dois anos e oito meses nas áreas pesquisadas. Com base em dados deste e de outros estudos, os pesquisadores estimaram que cinco meses dessa elevação podiam ser atribuídos estritamente a melhoras na qualidade do ar.

"Trata-se de uma grande experiência natural, de alcance nacional", disse C. Arden Pope, professor de economia na Brigham Young e diretor científico do estudo, que será publicado na edição de quinta-feira do New England Journal of Medicine.

"Realizamos uma intervenção - melhoramos a qualidade do ar -, e a questão é: Tivemos retorno?", ele prosseguiu. "A resposta básica é que sim, aparentemente. Nossos esforços para limpar o ar estão ajudando".

Inea defende comitês de bacia como pacto pelo saneamento


RIO - O presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da Secretaria do Ambiente, Luiz Firmino Pereira, disse nesta quarta-feira, durante a primeira reunião do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERHI) de 2009, que os comitês de bacia hidrográfica devem ser os protagonistas do Pacto pelo Saneamento. O projeto, anunciado pela Secretaria do Ambiente, pretende coletar e tratar, até 2010, 80% de todo o esgoto produzido no Rio de Janeiro.

Segundo Firmino, os colegiados devem dar prioridade à elaboração de seus planos de bacia e de projetos de sistemas de esgotamento sanitário para frear a degradação dos recursos hídricos, além de garantir melhoria da qualidade de vida da população. O presidente afirmou, ainda, que o Inea redobrará os esforços para que os recursos arrecadados com a cobrança do uso da água sejam parcialmente convertidos na assinatura de convênios que possibilitem a implantação das secretarias executivas, dando agilidade aos comitês.

Durante o encontro, foram apresentados os principais projetos realizados em 2008 pela extinta Serla (que se fundiu com a Feema e o IEF, formando o Inea). Os destaques foram as intervenções do Projeto Iguaçu, financiado com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); a explosão de diques para facilitar o escoamento das águas acumuladas em cidades do Norte Fluminense devido a fortes chuvas, além da recuperação gradual do sistema lagunar de Araruama.

Os membros do CERHI também apresentaram a prestação de contas dos convênios dos Comitês Lagos São João e Guandu, entre outros itens de pauta.
28 de janeiro de 2009

Hora do Planeta - Brasil - 28 de março de 2009



Filme teaser da campanha de mobilização pela Hora do Planeta. No dia 28 de março, apague as lâmpadas de sua sala às 20:30, por 60 minutos, e participe do ato simbólico que vai mostrar a disposição do brasileiro em combater as mudanças climáticas. Do Canal WWFBrasil no YouTube

Saiba Mais: 



Para marcar a adesão do Rio de Janeiro à Hora do Planeta, em 28 de março, o prefeito da cidade, Eduardo Paes, anunciou hoje que desligará as luzes de monumentos cariocas como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, o Parque do Flamengo e a orla de Copacabana, que terá a segurança reforçada pelas autoridades competentes. O Jockey Club também confirmou sua participação.

Além do Rio de Janeiro, outras grandes cidades mundiais, como Atenas, Buenos Aires, Edimburgo e Nova Iorque participam do movimento. Até o momento, mais de 170 cidades de 62 países já confirmaram sua adesão à Hora do Planeta.

O WWF-Brasil espera contar com a adesão de empresas, entidades, ONGs, associações de bairro e demais movimentos da sociedade civil. Os cidadãos serão convidados a se cadastrar no site www.horadoplaneta.org.br.

Rio Paraíba do Sul - Irregularidades


Terminou agora há pouco a primeira etapa da vistoria no Rio Paraíba do Sul realizada pela comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). De acordo com o deputado André do PV, que realiza a operação, foram encontrados mais de cem pontos irregulares, entre construções e despejo de esgoto.

Hoje (28), o grupo percorreu de bote o trecho entre Vila Nova, em Barra Mansa, e Retiro, em Volta Redonda. Amanhã (29) a comissão realiza o último dia de vistoria.

O objetivo da ação é reunir dados e realizar uma audiência pública na Alerj com a presença dos prefeitos da região vistoriada e autoridades ligadas a questão.

Descendo o Rio Paraíba do Sul de bote


Cobertura no Blog Verde

Uma equipe da comissão vai navegar no rio para tentar identificar problemas ambientais, desde Resende até a foz. "É claro que o bote não vai descer o rio inteiro, já que há vários trechos não navegáveis, mas o ônibus dará cobertura ao barco nesses pontos", diz o deputado André do PV, presidente da comissão de meio ambiente.


Dia 27 - Deputado André do PV e equipe da Comissão de Defesa do Meio Ambiente vão percorrer com um barco três quilômetros do Rio Paraíba do Sul antes da CSN. Eles irão fazer uma vistoria com fotos e filmando a margem do Rio em busca de irregularidades na faixa marginal de proteção. O principal foco será o despejo de efluentes industriais e ocupação irregular. 

Dia 28 – A CDMA vistoria também duas empresas que de acordo com denúncias despejam dejetos industriais no rio Paraíba em Barra Mansa. 

Dia 29 – Será feita também um auditoria na empresa Servatis, responsável pelo vazamento do endosulfan que acabou parando no Paraíba do Sul. 

Dia 30 – A CDMA ouvirá moradores da Resende que moram próximo à empresa Servatis.

Irregularidades no lixão de Resende, RJ


No primeiro dia de vistoria das atividades potencialmente poluidoras do Rio Paraíba do Sul em cidades do Médio Paraíba, o presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assebléia Legislativa do Rio (Alerj), deputado André do PV, encontrou diversos problemas no aterro sanitário que funciona em Resende.

Maior da região, o lixão, que recebe 180 toneladas de dejetos por dia, opera de maneira irregular há 22 anos. Durante sua permanência no aterro, o parlamentar constatou que o lixão não tem licença de funcionamento, as famílias dos catadores não são cadastradas e há apenas dois anos o local começou a enterrar o lixo hospitalar, mesmo assim sem nenhuma manta para proteger o solo.

Nesta quarta-feira (28), o deputado vai percorrer outros pontos de Resende, Barra Mansa e Volta Redonda atrás de outras atividades que podem estar poluindo ou assoreando o Rio Paraíba do Sul. 

Mais links:





Protesto antecede audiência sobre mortandade de peixes na Lagoa de Araruama

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro - Cerca de 500 pessoas participaram hoje [ontem] (27) de uma manifestação na RJ-106, principal via de acesso à Região dos Lagos. Com caixões, moradores de cinco municípios da região bloquearam um trecho da pista e chamaram atenção para mortandade de peixes na Lagoa de Araruama, que, segundo associações de pescadores, chegou hoje a 400 toneladas.

O protesto ocorreu na altura do município de São Pedro da Aldeia e marcou o início de uma audiência pública promovida pelo governo estadual, por meio do Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea), para apurar as causas do problema. Participam da reunião os pescadores e representantes da Prolagos, concessionária do sistema de água e esgoto da região, acusada de jogar esgoto sem tratamento na lagoa.

Por volta das 18h, os manifestantes desbloquearam a RJ-106 – a Via Lagos – e seguiram para a Câmara de Vereadores de São Pedro, onde é realizada a audiência.

Segundo a Colônia de Pescadores da São Pedro, que participa da reunião, até o final da semana, a quantidade peixes mortos deve chegar a 700 toneladas. Para o presidente da associação, Haroldo Pinheiro, a mortandade foi causada pela abertura das comportas da Prolagos, despejando esgoto in natura.

 “A Prolagos encheu de esgoto a nossa lagoa”, afirmou o presidente da colônia. “Isso aqui [a manifestação] representa não só a morte dos peixes, mas também a dos pescadores e de todos os cinco municípios banhados por ela.

A mortandade de peixes foi notada na última semana. No sábado (24), revoltou os pescadores, que recolheram cerca de 70 toneladas entre sardinhas, carapebas e tainhas e jogaram dez toneladas na sede da Prolagos.

A empresa rebateu que não tem culpa no incidente. O diretor comercial, Pedro Alves, disse que são várias as causas do problema, entre elas, o excesso de chuvas no mês, que aumentou a quantidade de detritos despejados na lagoa.

Podemos afirmar com bastante tranqüilidade que não é a Prolagos a responsável por isso, mas, sim, a grande quantidade de chuvas, com todo material orgânico que foi levado por elas, inclusive, esgoto, que nessa relação, talvez, seja a menor proporção”, afirmou. “Ali [São Pedro] tem muita lama, a região tem fazenda, tudo isso contribui.

Para resolver o problema, a expectativa é que o governo use uma draga para desassorear o canal de Itajuru, entre o mar e a lagoa, permitindo a renovação do oxigênio no local. O trabalho deve começar amanhã (28). Os detritos despejados na lagoa fizeram proliferar grande quantidade de algas, que competem com os peixes por oxigênio.


O presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da secretaria de Estado do Ambiente, Luiz Firmino Martins, participou de audiência pública realizada na noite desta terça-feira, dia 27, na Câmara Municipal de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos. Ele apresentou soluções práticas para o problema da mortandade de peixes na Lagoa de Araruama. Firmino garantiu que vai intensificar as obras de dragagem para restabelecer a renovação da água através do Canal Itajuru, em Cabo Frio. Com a retirada da areia e dos detritos levados pelas chuvas, que assorearam o Itajuru vai amenizar o problema da falta de oxigênio na lagoa, que provocou a morte de 30 toneladas de peixes nos últimos cinco dias.

Firmino afirmou, ainda, que apóia a decisão do Ministério Público de investigar as causas e os responsáveis pelo acidente ambiental e a reivindicação de alguns prefeitos da região de estender o defeso – um benefício pago aos pescadores até que a pesca se restabeleça.

Decreto de estado de calamidade pública

Os prefeitos de São Pedro da Aldeia, Araruama, Iguaba e Araial do Cabo decidem nesta quarta-feira se vão mesmo decretar estado de calamidade pública nos municípios, em função do desastre ambiental.

Para analistas, esta medida de decretar estado de calamidade pública, facilita a concessão do defeso pelos órgãos federais. A outra solução seria buscar do Estado, dos municípios da região e até mesmo da Concessionária Prólagos, uma ajuda para os pescadores durante o período de suspensão da pesca.

Chuva deve continuar na maior parte do país, prevê meteorologia


Brasília - As regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Norte devem ter hoje (28) chuvas fortes e tempo encoberto, segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O tempo chuvoso deve permanecer até o fim de semana.

Em Minas Gerais, a chuva será concentrada na região do Triângulo Mineiro, oeste e sul do estado.

Também há previsão de chuvas fortes e tempo nublado para Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo. No Distrito Federal deve chover apenas em pontos isolados.

No Rio Grande do Sul, há formação de tempestades localizadas no sul e no oeste do estado. A chuva esperada para os próximos dois dias deve amenizar a seca em 88 municípios gaúchos. No entanto a estiagem deve prevalecer interior do RS até o fim de semana.

Na Região Nordeste estão previstas chuvas localizadas entre a tarde e a noite no Maranhão, Piauí e oeste da Bahia. No litoral nordestino, há predomínio de sol e previsão de pancadas de chuvas passageiras.
27 de janeiro de 2009

RJ: Ajuda para cidades atingidas pelas chuvas

Alerj vai doar R$ 18 milhões para cidades atingidas por chuva no Rio

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro vai doar um milhão de reais para cada um dos 18 municípios mais atingidos pelas fortes chuvas, do início do ano. 

A decisão foi tomada pela Mesa Diretora, por unanimidade, ontem. A proposta foi apresentada pelo presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB).

O projeto inicial contemplava 15 cidades, mas os deputados resolveram incluir Rio Bonito, Taguaí e São Francisco do Itabapoana. 

A entrega dos cheques será feita nesta quinta-feira, dia 29, às 14h30min.

As cidades beneficiadas foram: Itaperuna, Bom Jesus de Itabapoana, São Francisco de Itabapoana, Laje do 
Muriaé, São José de Ubá, Italva, Cardoso Moreira, Conceição de Macabu, Natividade, Porcíncula, Varre-Sai, Miracema, Santo Antônio de Pádua, Aperibé, Itaocara, Cambuci, Rio Bonito e Tanguá. 

Segundo o presidente da Alerj, todos os prefeitos terão que prestar conta do uso do dinheiro para a Alerj e também para o Tribunal de Contas do Estado (TCE). 

26 de janeiro de 2009

Orgânicos na Casa Branca


Durante as duas Grandes Guerras, o governo dos Estados Unidos pediu que os cidadãos plantassem hortas nas suas casas para enfrentarem as dificuldades econômicas e a falta de alimento. Vinte milhões de “Victory Gardens” foram plantados pelos americanos, em 1943. Os jardins da Casa Branca também se transformaram em uma enorme fazenda com grãos plantados sob a coordenação de Eleanor Roosevelt, a ativista dos direitos humanos casada com o presidente Franklin Roosevelt.

Reproduzir esta experiência, é o sonho de um grupo de americanos que roda os Estados Unidos com um estranho ônibus e recolhe assinaturas de apoio ao pedido para que o presidente Barack Obama faça no entorno da Casa Branca uma fazenda de produtos orgânicos. No texto proposto pelo The White House Organic Farm que também atende pelo reduzido nome de The Who Farm existem cinco artigos.

Eles sugerem que a fazenda na Casa Branca seja plantada por crianças de escolas públicas e pessoas portadoras de deficiência e os alimentos servidos ao presidente e a família dele, e sustentasse a merenda escolar na rede de ensino. A distribuição seria feita por voluntários a pé ou de bicicleta. Outra curiosidade: as terras plantadas na Casa Branca usaria adubo resultado de dejetos e restos de comida das três esferas do governo federal, a própria Casa Branca, o Capitólio e a Suprema Corte.

Para quem pretende incluir seu nome nesta petição ao presidente dos Estados Unidos Barack Obama pode acessar o site do The Who Farm.

Mata Atlântica: Entrevista com o Ministro do Meio Ambiente - Carlos Minc



Carlos Minc fala sobre novos investimentos para proteção do meio ambiente

O Ministro do Meio Ambiente fala sobre a criação de fundos para proteção da Mata Atlântica e dos investimentos que serão feitos na Floresta da Tijuca. O objetivo é evitar o crescimento das favelas.

Pará: Exploração Irregular de Madeira

Esquema milionário de exploração irregular de madeira é descoberto no Pará

Golpe usava autorizações para exploração de floresta em assentamentos.
Segundo empresário, funcionários de secretaria receberam propina.


RJ: Mortandade de peixes em São Pedro D'Aldeia

ão

Mortandade de peixes deixa pescadores sem trabalho em São Pedro D'Aldeia

Eles culpam despejo de esgoto; autoridades dizem que problema é a chuva. Duzentas toneladas de peixes mortos foram encontradas.

Pescadores de São Pedro D´Aldeia, na Região dos Lagos, no Rio, estão sem trabalhar por causa da mortandade de peixes do último sábado (24).

Segundo a colônia de pescadores, cerca de 200 toneladas de peixes mortos foram encontradas. Eles culpam o despejo de esgotos pela morte dos peixes e protestaram em frente à concessionária de tratamento.

Os pescadores jogaram peixes na RJ-106, que teve o trânsito interrompido.

O presidente do Instituto estadual do Ambiente (Inea), Luiz Firmino, afirma que o motivo da morte foi o excesso de chuva. Segundo ele, choveu nos últimos dois meses o esperado para um ano.

“Nos traz uma lavagem do solo, joga alimento na lagoa de novo, inclusive o esgoto, e esse alimento prolifera as algas. As algas competem pelo oxigênio da água e tendo essa diminuição de oxigênio e peixe agora deu um coquetel explosivo e a gente tem a mortandade”.

Apesar das consequências para o ecossistema, o ambientalista Arnaldo Villa diz que ainda é possível recuperar a lagoa. “Nós temos só 50% dos esgotos captados na região, mesmo em tempo seco. Precisa ampliar isso para 100% e novamente dragar o canal hidráulico para uma abertura e permitir maior renovação de água”.

Enquanto a lagoa não se recupera, a preocupação de quem vive da pesca é como manter a renda. Segundo a colônia de pescadores, 2 mil famílias dependem da atividade em São Pedro D’Aldeia.

A concessionária Pró-Lagos informou que o esgoto só é tratado com o tempo seco. Quando chove as comportas são abertas e os resíduos são liberados in natura. Segundo a concessionária, esse sistema foi aprovado há 7 anos por órgãos ambientais, pelo poder público e pelos próprios pescadores.

Fonte: G1 - Vídeo: InterTV

Falta de saneamento básico prejudica desempenho escolar

Crianças com acesso a tratamento de esgoto têm notas melhores.Uruguaiana quer seguir esse exemplo.
 
O premiado escritor peruano Mário Vargas Llosa certa vez alertou em um artigo intitulado o Cheiro da Pobreza: "O objeto que representa a civilização e o progresso não é o livro, o telefone, a internet ou a bomba atômica. É a privada". Um recente estudo do Instituto Trata Brasil, o mais importante do país sobre saneamento básico, ratifica a afirmação de Vargas Llosa. Segundo a pesquisa, crianças com acesso a tratamento de esgoto têm aproveitamento escolar quase 18% melhor do que aqueles que não dispõem de saneamento básico. Essa diferença, de acordo com o estudo, acaba migrando para a vida adulta e o desenvolvimento profissional. A pesquisa revela que trabalhadores que moram em áreas de esgoto a céu aberto faltam ao serviço 11% mais do que os que vivem em áreas saneadas. O Instituto Trata Brasil é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), iniciativa de responsabilidade socioambiental que visa mobilizar diversos segmentos da sociedade para garantir a universalização do saneamento no País. O prefeito Sanchotene Felice está empenhado em mudar esse triste quadro no município de Uruguaiana. Apenas 10% do esgoto da cidade é tratado de forma adequada. Ele realizará, ainda este ano, concorrência pública aberta a qualquer empresa, estatal ou privada, que queira investir no município. O objetivo é que a cidade tenha todo seu esgoto tratado em um prazo de cinco anos. "Com essa obra, Uruguaiana será uma cidade modelo para todo o Rio Grande do Sul e até mesmo para o Brasil", afirma Felice. "Hoje, infelizmente, nosso estado está apenas em décimo sexto (16) lugar no ranking do país de coleta de esgoto. Estamos atrás de Paraná, Sergipe e Ceará, por exemplo", complementa o chefe do executivo. O prefeito de Uruguaiana diz ainda que o investimento, de cerca de R$ 130 milhões, será todo feito pela empresa ganhadora da licitação, que deverá ainda reduzir o preço da tarifa de água. "É preciso deixar bem claro que não se trata de privatização. O atual concessionário teve 40 anos para investir em Uruguaiana e não o fez. A fiscalização continuará sob os olhos do município, mas abriremos espaço para quem queira realmente investir em nossa terra", conclui Sanchotene Felice.

19 de janeiro de 2009

Fórum Social Mundial 2009 - Belém, Pará, Brasil


De volta ao Brasil, Fórum Social Mundial deve reunir 120 mil em Belém

Por Redação, com ABr - de Brasília

O Brasil vai voltar a ser palco do maior encontro da sociedade civil e movimentos sociais do planeta. A partir do próximo dia 27, Belém, capital do Pará, vai abrigar a nona edição do Fórum Social Mundial e deve reunir 120 mil participantes, de acordo com a organização do evento. Os investimentos na cidade para a reunião devem chegar a mais de R$ 100 milhões.

Realizado em Porto Alegre em 2001, 2002, 2003 e 2005, o FSM passou pela Índia, em 2004, pela Venezuela, em 2006, pelo Quênia, em 2007, e no último ano não teve um epicentro, com a realização de eventos simultâneos em 82 países.

Até a última sexta-feira, as inscrições para a edição de Belém passavam de 82 mil, segundo um dos articuladores do Fórum e organizador da etapa 2009, Cândido Grybowski. “Acredito que vamos chegar aos 120 mil. As pessoas que moram na cidade fazem a inscrição na hora. Belém já está no clima do Fórum. É um espaço aberto, nós não queremos muralhas como nas reuniões do G8, que nos protege do lugar onde estamos. Nós queremos integração com a cidade.”

Estão previstas mais de 2,6 mil atividades, a maioria auto-gestionadas – organizadas pelos próprios participantes. As assembléias, oficinas, cerimônias, atividades culturais e os seminários serão concentrados nas Universidades Federal do Pará (UFPA) e Federal Rural da Amazônia (UFRA), mas devem tomar as ruas de Belém, como na caminhada de abertura, prevista para a tarde do primeiro dia do Fórum.

Considerado o principal contraponto ao Fórum Econômico Mundial, que acontecerá paralelamente em Davos, na Suíça, o FSM não deverá concentrar a discussão apenas sobre a crise financeira internacional. Também estarão na ordem do dia as crises ambiental e de segurança alimentar, que justificam inclusive a escolha de uma sede amazônica para o Fórum, segundo Grzybowski.

- Por causa da crise climática, decidimos realizar o Fórum no lugar que é grande patrimônio mundial. A Amazônia está no centro desse debate e não pode ser vista como um poço de gás carbônico. Queremos mostrar que é um território humanizado, cheio de alternativas. Assim como Chico Mendes mostrou o lado social da Amazônia ao mundo, vamos expressar o socioambiental, que é o grande desafio - apontou.

Definido como um evento apartidário e sem ligação com governos, o FSM não deixa de ser uma oportunidade política, e não será diferente em Belém, principalmente para as lideranças regionais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já confirmou a ida ao Fórum, e deve encontrar os colegas de continente Hugo Chávez, da Venezuela, Evo Morales, da Bolívia, Fernando Lugo, do Paraguai, e a chilena Michele Bachelet.

15 de janeiro de 2009

O Dono da Água

Dono do poço vira coronel da água em cidade do Entorno

 

Sem contar com abastecimento regularizado, habitantes de Águas Lindas ficam à mercê de homem que transformou o fornecimento em um negócio particular. Mesmo ilegal, tem ajuda das autoridades

 

Ary Filgueira - Correio Braziliense

 

Um recurso natural, que por lei deveria ser de todos, a água tem apenas um dono em um bairro de Águas Lindas (GO). Dono de um poço artesiano, José Romualdo Lima, 51 anos, faz o que seria o papel do Estado: irriga as torneiras das 80 famílias que residem no Jardim do Entorno 1. Para isso, ele cobra uma taxa de R$ 40 de cada morador, que chama de “simbólica”. Quem não paga em dia, sofre a lei do coronelismo. Além de ter o fornecimento interrompido imediatamente, tem de se explicar na delegacia do município.

 

Foi assim que aconteceu com o casal de serralheiros Elizete Rodrigues, 41, e Alexandre Alves Ferreira, 39, em 27 de dezembro. Eles resolveram parar de pagar a conta da água em maio do ano passado, porque Romualdo deixou de emitir o comprovante de pagamento. O esquecimento não prejudicou somente o controle dos dois, mas o próprio fornecedor se confundiu e passou a cobrar os meses que os moradores afirmam ter pago. Resultado: no dia em que não estavam em casa, o serviço foi interrompido sem aviso prévio. “Ele veio aqui com um policial civil e simplesmente cortou o cano e colocou uma rolha”, acusa Elizete.

 

Além de ficarem sem abastecimento, os dois foram convidados a comparecer no Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) de Águas Lindas, acusados de furtar água particular. Lá, o casal afirma que pagou R$ 100 e parcelou o restante da dívida acumulada em 16 meses de inadimplência. O recibo da entrada foi manuscrito em um pedaço de papel em nome de Alexandre e Romualdo. Mas a Polícia Civil não fez o boletim de ocorrência.

 

O casal denunciou a truculência policial ao Ministério Público. “Isso é crime. O MP vai oferecer denúncia contra esse policial”, garantiu o promotor de Justiça substituto de Águas Lindas, Alberto Francisco Cachuba Júnior. Quanto a Romualdo, Cachuba disse que o MP vai apurar o caso para ver em qual responsabilidade penal ele será qualificado. “Nosso maior problema é não deixar essas pessoas sem o fornecimento de água. Se ele parar de abastecer as casas, elas vão ficar sem”, ponderou o promotor.

 

O MP já conhecia o caso, mas decidiu aguardar o resultado da eleição para prefeito, no ano passado. De posse do abaixo-assinado com 14 assinaturas de moradores do bairro, que pedem a mudança do fornecedor, o promotor vai propor uma reunião com a Seneamento de Goiás (Saneago) e a Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb) para tentar resolver o problema sem que as famílias paguem caro para ter a água em suas casas. “O MP espera que elas não estabeleçam um custo elevado ao cidadão”, disse o Cachuba.

 

Engavetado

 

Em 2005, os governos de Goiás e Brasília firmaram parceria que prometia levar a infraestrutura de abastecimento de água e tratamento do esgoto para Águas Lindas. As obras começariam em outubro daquele ano e custariam R$ 185 milhões. Mas o termo de compromisso foi engavetado. Somente a sete dias no cargo, o prefeito eleito Geraldo Messias promete resolver o problema. “O prefeito passado (José Pereira, do Democratas) não assinou o termo criando o consórcio entre as duas fornecedoras”, afirmou.

 

O monopólio de Romualdo começou há 10 anos. Ele pediu demissão da empresa em que trabalhava — especializada justamente no ramo que exerce hoje — e abriu seu próprio poço artesiano no Jardim Entorno 1. Segundo ele, a intenção é ajudar as pessoas de baixa renda que não podem construir sua própria fonte de água. Para isso, investiu R$ 40 mil. Ele se gaba de fornecer à comunidade 200 mil litros de água por dia. “Aquilo tem me dado muita dor de cabeça. Eu já ofereci à Saneago, mas não querem comprar meu três poços”, afirma. Romualdo, porém, não revela quanto pediu para a empresa.

 

Mas o abastecimento das casas é arbitrário. Tem dias em a água é liberada apenas das 6h às 12h, como ocorre nos meses de seca. “Como tenho três poços, vario o racionamento. Um dia um, depois em outro”, conta. Moradora da Quadra 9, Elizete já passou uma semana sem água. “Perguntei se ele daria desconto na conta, mas recebi uma resposta irônica, de que ele não teria como pagar a cirurgia plástica da mulher”, afirma Elizete. Os carnês, por sinal, levam o nome da mulher dele na capa: Santa Ana Artesiano Ltda.

Do Correio Braziliense

8 de janeiro de 2009

Até quando vamos fingir que não tem nada acontecendo?

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"Durante os períodos de tempo bom, com dias ensolarados, todos acham inúteis e um grande estorvo as tais leis ambientais que protegem as matas nativas, os morros e as margens dos rios. Basta um período com chuvas mais intensas para perceberem que a legislação ambiental precisa ser até mais rigorosa e respeitada, pois pode salvar vidas."

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"A sociedade brasileira não entende o que é conservação da natureza, tem horror às matas preservadas. Por isso, não se importa muito com a devastação". 

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Artigo completo: Florestas urbanas só incomodam por Germano Woehl Jr.