A Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj realizou hoje o último dia de vistoria no Rio Paraíba do Sul. De acordo com o deputado André do PV, que coordenou a vistoria, a empresa Servatis não cumpriu nenhuma das exigências feitas pela Assembléia Legislativa do Rio no que diz respeito às medidas compensatórias acordadas para reverter os danos causados ao Rio Paraíba do Sul, a partir do vazamento do produto Endosulfan de um dos tanques da empresa.
André do PV sugere que a secretaria do Ambiente reforce as medidas e faça com que a Servatis utilize sua estação de tratamento de esgoto (ETE) para cuidar do esgoto da região. Para isso, o deputado vai encontrar com a secretária do Ambiente, Marilene Ramos, na próxima semana.
- A Servatis não fez nada do que foi acordado depois do vazamento do Endosulfan no Paraíba do Sul. Uma empresa que possui 47 anos de experiência não podia ter deixado a situação chegar nesse estágio - salienta o deputado.
Servatis rebate acusações
O presidente da Servatis, Ulrich Meier, esclareceu que a empresa cumpriu todas as recomendações da Feema (atual Inea) e da auditoria externa independente, com objetivo de ampliar a segurança ambiental. O processo de produção do Endosulfan, inseticida que vazou acidentalmente em novembro, foi todo reformulado e aguarda autorização dos órgãos ambientais para ser retomado. Ulrich destaca que o Endosulfan representa 20% da produção da empresa e a sua paralisação levaria a um prejuízo de R$ 9,2 milhões para a Servatis.
- O processo foi totalmente modificado e não oferece mais qualquer tipo de risco - esclarece.
Em relação às medidas de compensação ambiental, Ulrich Meier explicou que já foi elaborado um pré-projeto que prevê o mapeamento do Rio Paraíba do Sul para dimensionar os danos causados pelo acidente, além de medidas como reposição de filhotes de peixe e recuperação da mata ciliar.
- Na próxima semana teremos uma reunião com o Ministério Público, com o Inea e com a Agência do Meio Ambiente de Resende para discutirmos o projeto que está sendo feito em parceria com Associação Ecológica Piratingaúna, com sede em Barra Mansa, para definirmos as medidas de compensação ambiental - informa Ulrich ressaltando que "a empresa está determinada a reparar os danos causados ao meio ambiente, cumprindo todas as exigências legais".
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