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Mortandade de peixes deixa pescadores sem trabalho em São Pedro D'Aldeia
Eles culpam despejo de esgoto; autoridades dizem que problema é a chuva. Duzentas toneladas de peixes mortos foram encontradas.
Pescadores de São Pedro D´Aldeia, na Região dos Lagos, no Rio, estão sem trabalhar por causa da mortandade de peixes do último sábado (24).
Segundo a colônia de pescadores, cerca de 200 toneladas de peixes mortos foram encontradas. Eles culpam o despejo de esgotos pela morte dos peixes e protestaram em frente à concessionária de tratamento.
Os pescadores jogaram peixes na RJ-106, que teve o trânsito interrompido.
O presidente do Instituto estadual do Ambiente (Inea), Luiz Firmino, afirma que o motivo da morte foi o excesso de chuva. Segundo ele, choveu nos últimos dois meses o esperado para um ano.
“Nos traz uma lavagem do solo, joga alimento na lagoa de novo, inclusive o esgoto, e esse alimento prolifera as algas. As algas competem pelo oxigênio da água e tendo essa diminuição de oxigênio e peixe agora deu um coquetel explosivo e a gente tem a mortandade”.
Apesar das consequências para o ecossistema, o ambientalista Arnaldo Villa diz que ainda é possível recuperar a lagoa. “Nós temos só 50% dos esgotos captados na região, mesmo em tempo seco. Precisa ampliar isso para 100% e novamente dragar o canal hidráulico para uma abertura e permitir maior renovação de água”.
Enquanto a lagoa não se recupera, a preocupação de quem vive da pesca é como manter a renda. Segundo a colônia de pescadores, 2 mil famílias dependem da atividade em São Pedro D’Aldeia.
A concessionária Pró-Lagos informou que o esgoto só é tratado com o tempo seco. Quando chove as comportas são abertas e os resíduos são liberados in natura. Segundo a concessionária, esse sistema foi aprovado há 7 anos por órgãos ambientais, pelo poder público e pelos próprios pescadores.
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