Do Jornal A Voz da Cidade
ESTADO
O Instituto Estadual de Florestas (IEF/RJ) divulgou um balanço das operações realizadas ao longo de 2008. De acordo com o órgão as fiscalizações resultaram em um recorde nas apreensões de armas, animais e outros materiais.
As ações, feitas ao longo do ano em todas as regiões do estado, revelaram uma preocupante situação em relação à caça, principalmente de animais silvestres que estão ameaçados de extinção. Segundo o presidente do IEF/RJ, André Ilha, os fiscais apreenderam 94 armas, numa elevação de 141% em relação a 2007, quando foram apreendidas 39.
De acordo com o chefe da Divisão de Fiscalização do IEF/RJ, Ricardo Ganem, o combate à ação dos caçadores é contínuo, mas esbarra nas características próprias desse tipo de crime ambiental. Os caçadores costumam agir sozinhos ou em pequenos grupos, montando ranchos de caça em regiões isoladas. Entre seus principais alvos estão a paca, o tatu, o jacu e o macuco.
Ganem lembra ainda que em muitas regiões rurais a caça é um costume de gerações, encarada como um crime menor, o que dificulta o trabalho de fiscalização e punição dos criminosos.
De acordo com a lei de crimes ambientais, a pena para quem é condenado pelo crime de caça pode chegar a cinco anos de reclusão mais multa de até R$ 50 mil.
O balanço da Divisão de Fiscalização do IEF/RJ mostra ainda uma elevação de 320% no número de animais apreendidos, especialmente aves silvestres. Foram 1.049 animais mantidos ilegalmente em cativeiro que acabaram devolvidos à natureza, contra 248 em 2007. As apreensões de madeira também tiveram um crescimento expressivo, saltando de 365 metros cúbicos para 1.727 em 2008.
Os fiscais também flagraram carvoarias clandestinas em quase todas as regiões do estado, destruindo fornos e apreendendo 2,7 mil toneladas de carvão, num crescimento de 125% em relação a 2007, quando foram apreendidas 1,2 mil toneladas.
André Ilha faz questão de observar que com maior rigor na fiscalização cresceu também o número de intimações, 463 ao longo do ano, contra 252 em 2007. Já as notificações totalizaram 301, contra 156 no ano passado.
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